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Bancos alteram atendimento das agências; veja como vai funcionar
Unidades operam em horário especial a partir desta terça-feira (24)
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou em nota os novos horários de funcionamento das agências bancárias. Os bancos associados realizarão atendimento presencial em regime contingenciado, com limite de pessoas e apenas para transações essenciais, das 10h às 14h. Idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiência têm horário exclusivo das 9h às 10h da manhã.
Mais de mil agências da Caixa Econômica Federal funcionam em horário especial com serviço focado nas salas de autoatendimento e na prestação dos serviços sociais essenciais. A relação dessas unidades podem ser consultadas no portal do banco, na aba “caixacomvoce”.
A Federação e o bancos fortalecem o pedido de que a população dê preferência ao uso dos serviços digitais e ao teleatendimento. Segundo a assessoria da Caixa Econômica, além de acesso à movimentação bancária através da internet e celular, o banco reforçou o atendimento em canais remotos, como a Agência Digital, Telesserviço e WhatsApp. O rol de serviços disponíveis em aplicativos também é maior para acesso a informações e transações de cartões de crédito, FGTS, benefícios sociais e habitação.
O Santander publicou em nota que o banco vai interromper as atividades em parte das agências metropolitanas em São Paulo e Rio de Janeiro, locais com mais número de casos registrados do vírus. O horário de funcionamento das demais agências abertas em todo o país foi reduzido em duas horas, das 10h às 14h. As medidas também vão incluir o acesso ao interior das agências, em grupos de 10 a 20 pessoas por vez, dependendo do tamanho da loja. De forma que todos fiquem a distância mínima de um metro.
Nas agências físicas, o Itaú também segue as recomendações da Febraban e, além disso, trabalha com contingência de pessoas, só é permitido até 10 clientes por vez. Para as agências digitais o horário será de 9h às 18h. O Bradesco possui dois horários de atendimento a depender da região, de 10h às 14h e de 11h às 15h. O atendimento exclusivo para grupos de risco será duas horas antecipado ao do publico geral.
Para o economista Newton Marques, esse momento vai alterar o comportamento de parte da população que antes enfrentavam filas e não conheciam os meios digitais, agora, a forma mais segura de realizar as transações bancárias. De acordo com o economista, essa pode ser uma oportunidade para os bancos, que poderão reduzir custos e diminuir taxas. “É o que já ocorre com os chamados bancos digitais”, pondera.
A professora Meire de Fátima, 55 anos, diz que está sofrendo sem poder ir à agência bancária ou casas lotéricas. “No meu banco eu preciso fazer o cadastro pessoalmente para usar o aplicativo, uma vez me ofereceram e eu não quis porque sou a moda antiga, agora me arrependo”, comenta. A conta do convênio de saúde da professora já estava vencendo, ela pediu para que a filha pagasse e, depois da pandemia, ela retornará o dinheiro: “As outras coisas eu ainda não sei como vou fazer. A conta do meu celular e da operadora de televisão também já estão para vencer”.
A Secretária Executiva Mariana Fontele conta que precisou dirigir-se à uma agência bancária no início da semana e sentiu-se frustrada, ao notar que não conseguiria atendimento à sua demanda. "A sensação é de ter um direito meu cerceado". A Secretária diz não sentir segurança nos serviços virtuais e, por isso, não utiliza aplicativos de bancos no celular. Ela prefere o atendimento presencial. Contudo, ela entende que a situação visa o bem coletivo e já pensa em se render à praticidade da tecnologia.